quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Sokurov e a pintura

Volto à brilhante odisseia da "História do Cinema" de Mark Cousins: quase no final do documentário, Cousins entrevista o realizador Alexander Sokurov que admite a enorme influência que a pintura (ou certa pintura) teve no seu cinema. Mais propriamente, na concepção plástica e estética do filme "Mãe e Filho" (1997). 
Para o trabalho visual desta magnífica película, Sokurov foi buscar inspiração ao célebre pintor alemão do século XVIII (e XIX) Caspar David Friedrich (pintor que ficou famoso por esta icónica pintura). Era mais do que evidente que este filme de Sokurov (entre outros) tinha uma forte influência da pintura, mas nunca tinha sabido qual a fonte de inspiração. Por isso parti à descoberta da pintura de Caspar David Friedrich, porque o realizador russo admitia até que tinha filmado em paisagens muito semelhantes às pinturas do pintor alemão. 
Bastou uma pequena pesquisa para compreender essa forte ligação plástica entre as imagens do filme e das pinturas (escolhas minhas):


terça-feira, 28 de janeiro de 2014

O regresso de Terry

Enquanto os Monty Python não fazem o seu apoteótico regresso aos palcos no Verão, eis que um dos seus elementos, Terry Gilliam, lança o seu último e excêntrico filme de ficção científica: "The Zero Theorem"
O enredo de “The Zero Theorem” desenrola-se num Mundo corporativo à imagem de "1984″, de George Orwell, onde homens com câmaras funcionam como os olhos de uma figura sombria conhecida como “Management”. Qohen Leth trabalha para conseguir resolver um estranho teorema, enquanto vive enclausurado como um monge virtual no interior de uma capela destruída por um incêndio. 
Protagonizado por Christoph Waltz, David Thewlis, Melanie Thierry, Tilda Swinton e Matt Damon, “The Zero Theorem” ainda não tem distribuidora e, por isso, continua com estreia incerta. Mas o primeiro trailer divulgado hoje remete para o habitual universo visual futurista repleto de humor sarcástico e negro (apesar das cores dos cenários) a que Terry já nos habituou:
 

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Discos que mudam uma vida #189

Björk - "Post" (1995)

O Fim da Odisseia



E pronto.

Finalizei  o visionamento dos 5 DVDs (15 horas!) do monumental documentário "The Stoty of Film: An Odissey" sobre a história do cinema. Foi deveras uma odisseia saborosa, uma experiência enriquecedora. O balanço é muito positivo, como referi numa análise mais detalhada neste post.
O autor de tamanha obra, Marc Cousins (na imagem), merece todas as honras pelo incrível trabalho que realizou. Claro que já conhecia muitos dos filmes e histórias que são abordados, mas o olhar peculiar de Marc Cousins fez-me compreender de forma diferente esses mesmos filmes e histórias. Por outro lado, fiquei também a conhecer cinematografias do mundo não ocidental que Cousins abordou, assim como dar mais atenção a alguns realizadores que julgava menores.
Claro que em 15 horas de documentário sobre uma história tão complexa e diversificada como a do cinema, não é fácil fazer uma selecção de temas a explorar. Tanto mais que nessa selecção há sempre a necessidade de deixar de fora filmes e cineastas.
Sem querer condenar o trabalho e as opções do autor sobre as suas legítimas escolhas, não deixo por isso de manifestar a minha surpresa pela não referência de realizadores que julgo importantes e que Cousins nunca mencionou ao longo do documentário. 
Isto porque Marc Cousins sempre privilegiou neste documentário os realizadores mais criativos e inventivos ao longo das várias décadas.
Daí que me pergunto porque é que nunca falou de cineastas como:

- Alejandro Jodorowsky
- Guy Maddin
- Maya Deren
- Chris Marker
- Wes Craven
- Roger Corman
- John Carpenter
- Dario Argento
- Béla Tarr (fez apenas uma referência ultra-rápida!)
Entre outros.

Mas escolhas são escolhas e respeito isso.
No fundo, Marc Cousins é um cinéfilo "old school" e não se coíbe de fazer afirmações como estas:

sábado, 25 de janeiro de 2014

Improvisação que corre bem

Todos sabemos que no acto de representar dos actores pode haver lugar à improvisação (quando os realizadores permitem) que, por vezes corre bem, outras corre mal. Mas quando as situações - sobretudo os diálogos - resultam bem, acabam por ficar na montagem final. Mais: às vezes até ficam para a história como momentos icónicos e de culto de determinado filme.
Por exemplo: é do conhecimento geral que a frase "You Talkin' to Me?" no clássico "Taxi Driver" de Scorsese foi totalmente improvisada no momento por Robert De Niro.
Ora, eis aqui mais 9 situações memoráveis de filmes cujas improvisações dos respectivos actores acabaram por enriquecer o filme.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Videoclips sem... música

Na Internet em geral e no Youtube, em particular, existem toneladas de informação e de entretenimento, muitas são mero lixo, outras são deveras experiências criativas e bem interessantes. É o caso deste exemplo tão simples e tão eficaz: um tal Mario Wienerroither teve uma ideia criativa realmente original - pegou em videoclips famosos e retirou-lhes... a música! 
O que ficou? Ficou um trabalho minucioso de edição áudio, destacando todos os sons que surgem nas imagens (ruídos do meio ambiente) e as partes vocais isoladas da própria música. É um trabalho de paródia visual e sonora (publicado no Youtube), porque o resultado final é realmente bizarro aos nossos sentidos, mas também muito divertido. 
Eis dois exemplos paradigmáticos com dois conhecidos videoclips dos Prodigy e dos Queen:

Erotismo

Nos últimos tempos têm estreado diversos filmes com uma forte carga erótica mais ou menos explícita: "A Vida de Adèle", "Jovem e Bela", "O Desconhecido do Lago" e "Nymphomaniac". Todos estes filmes lidam - de uma forma ou de outra - com o poder do sexo na construção das relações humanas.
E a propósito dos filmes citados, lembrei-me desta imagem com forte carga erótica do clássico "1900" (1976) de Bernardo Bertolucci: os jovens Robert De Niro e Gérard Depardieu na cama com uma mulher sem qualquer pudor ou preconceito.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Cruise teima em ser jovem à força

"Top Gun" de Tony Scott foi um grande êxito de 1986. Foi o filme da projecção internacional de Tom Cruise e de Kelly McGillis (que nunca nunca conseguiu desenvolver uma carreira de sucesso). 
A verdade é que se passaram quase 30 anos e Tom Cruise parece que não envelheceu comparativamente à imagem do filme (tem agora 52 anos). A actriz Kelly MgGillis, mesmo sendo 5 anos mais velha do que Cruise, envelheceu de forma natural. 
As más línguas juram que Tom Cruise gasta fortunas em cremes milagrosos e cirurgias estéticas para manter esta aparência sempre juvenil. Eu acho ridículo que o actor tenha essa obsessão pela eterna juventude. Não há nada como saber envelhecer com sobriedade e naturalidade. Aliás, tenho medo de ver a cara de Cruise quando chegar aos 60 anos...

sábado, 18 de janeiro de 2014

Cinema: Uma Odisseia Fascinante



Caro cinéfilos leitores deste humilde blogue: nunca digam que são já grandes conhecedores da história do cinema. Que já conhecem e viram todos os grandes filmes de todos os períodos do cinema. Que conhecem as histórias por detrás de grandes correntes estéticas ou de grandes cineastas do mundo inteiro. Isto porque, apesar da curta existência do cinema, há muitas formas de olhar e interpretar o cinema enquanto arte e indústria. Ou seja, há ainda muito a descobrir no que ao cinema diz respeito.
Por isso, se quiserem ter uma nova visão do que foi (é ou será) a história do cinema, nada melhor do que adquirir o excelente pack de 5 discos "The Story of Film – An Odyssey / A História do Cinema – Uma Odisseia" editado no final de 2013 pela Midas Filmes
O documentário é ambicioso e monumental: são 15 horas, 120 anos representados, abordagem ao cinema de 6 continentes e mais de 1000 filmes referenciados no filme definitivo sobre a 7ª Arte. O autor de tamanha façanha, o crítico e realizador Mark Cousins, viajou pelo mundo fora para filmar locais míticos de filmes, entrevistar figuras históricas do cinema e para nos dar uma outra forma de compreender o cinema. É um trabalho de grande amor pelo cinema, fruto de uma paixão cinéfila raramente vista.
É o próprio Mark Cousins que escreveu o guião e que narra (com o seu delicioso sotaque irlandês) a evolução da história do cinema. Cada capítulo é dividido numa hora, abordando temas específicos. Ver aqui a lista impressionante e completa dos temas e dos filmes analisados (desde o tempo do mudo aos blockbusters americanos, de Hollywood a Bombaim, da época de ouro do cinema americano das décadas de 30 e 40, ao eclodir da Nouvelle Vague e do neo-realismo na Europa e depois do Cinema Novo de todos os continentes, através de centenas de entrevistas e depoimentos e muito material inédito, este é um documentário de puro fascínio e deslumbramento).
A metodologia de análise do autor é deveras inteligente: não só aborda as grandes obras-primas do cinema, como vai buscar filmes e temas pouco mencionados para explicar como a história "oficial" do cinema é ainda limitada e pouco abrangente. E a cada minuto que passa, somos surpreendidos com dados sobre um filme ou um realizador que desconhecíamos. E tem sempre a preocupação de relacionar a evolução do cinema com a evolução da sociedade e da história ocidental (e não só).
Eis uma entrevista com o realizador Mark Cousins, na qual explica como construiu e pensou esta colossal revisitação da história do cinema.
Ainda vou apenas a meio desta incrível saga "A História do Cinema: Uma Odisseia" mas já percebi que se trata de uma verdadeira lição de cinema, altamente pedagógica, bem montada e explicada, uma aventura imperdível pelas muitas histórias que o cinema encerra.
Aliás, basta ver como Mark Cousins, logo no arranque da sua história do cinema, explica o que é verdadeiramente essencial no cinema: parte de três filmes muito diferentes com um ponto em comum - imagens de copos (ou chávenas) com o borbulhar líquido; os personagens olham para essas bolhas como se fossem o mote para reflectirem sobre a sua vida. E Mark conclui que, mais do que a indústria, o dinheiro ou o marketing, o que faz evoluir o cinema são as ideias visuais:







quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Estatueta dourada para Portugal?

Não é todos os anos que nos podemos orgulhar de ter um português no lote de nomeados para os Óscares. É verdade que não se trata de uma nomeação nas categorias principais e mais mediáticas, mas não deixa por isso de ser importante. O realizador, Daniel Sousa (nascido em Cabo Verde) é o português com muito talento que conseguiu ver distinguida a curta-metragem pela Academia de Hollywood. A curta chama-se "Feral" e é já o sexto filme de Daniel Sousa. Ou seja, os grandes filmes não se medem em tamanho.
A curta revela a história de um menino selvagem que tenta adaptar-se à cidade. O filme de Sousa já ganhou diversos prémios de animação e prepara-se agora para poder ganhar a tão desejada estatueta dourada. 
Eis o trailer:

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Potemkine e o cinema

No dia em que foi divulgada mais uma estatística devastadora para o cinema em Portugal (menos 1,3 milhões de espectadores e menos 8,5 milhões de receitas em 2013), revelo um dos mais antigos cinemas ainda em actividade - sítio onde estreou a obra-prima "O Couraçado Potemkine" (1925) de Sergei Eisenstein:

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Música para um náufrago

Alexander Ebert ganhou ontem o Globo de Ouro pela sua música para o filme "All is Lost" ("Quando Tudo Está Perdido") de J.C. Chandor com Robert Redford no único (!) papel do filme. Alex Ebert tinha uma competição de peso com compositores habituados a ganhar como o veterano Hans Zimmer e o veteraníssimo John Williams.
A verdade é que a música de Alex Ebert (tem apenas 35 anos e vem do indie-folk) assenta como uma luva a este drama minimalista sobre um náufrago que tenta sobreviver (já vi o filme, brevemente falarei dele). Uma música inquietante quanto baste, harmoniosa e suavemente intrigante.

sábado, 11 de janeiro de 2014

O espírito do escravo

Quando acabei de ver "12 Anos Escravo" pensei que este último filme de Steve McQueen contém, na temática, muito do que já explorara nos seus dois primeiros filmes: "Fome" e "Vergonha". Levando à letra estes dois títulos, repare-se como os conceitos 'fome' e 'vergonha' estão bem representados em "12 Anos Escravo". Os tormentos do escravo à força Solomon Northup comprovam - se necessário fosse - que a escravatura foi uma infâmia histórica que envergonhou a raça humana.
Quanto ao filme propriamente dito, esta última obra de McQueen já não ostenta um certo exercício de estilo estético que os dois primeiros filmes revelavam. Aqui o olhar do realizador é mais humano e menos estilizado, porque haveria pouca margem de manobra para estilizar a escravatura. "12 Anos Escravo" é um filme corajoso, impiedoso e que abre feridas ainda não totalmente fechadas acerca do racismo na livre e democrática América. 
Quanto a mim, o momento mais belo e possante do filme: quando vemos um plano fixo de Solomon no meio de outros escravos negros a cantar. No início ele mostra um rosto gélido, sem expressão, enquanto se ouve o cântico. Aos poucos, como se estivesse a fazer um esforço sobre-humano, Solomon começa a  acompanhar o canto e, progressivamente, canta com mais e mais intensidade (e raiva). Uma sequência sublime de emoção que prova o poder libertador da música e que sintetiza todo o espírito do filme. 

Discos que mudam uma vida #188

 King Krimson - "In The Court of The Crimson King" (1969)


sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Salinger vai marcar o ano literário!

Depois de ter lido o mítico e fascinante livro "À Espera no Centeio" do não menos mítico escritor norte-americano J.D. Salinger (ler o que escrevi aqui), agora sai a sublime notícia que a editora Quetzal vai lançar "Nove Histórias". Trata-se de um conjunto de histórias originalmente publicadas entre 1948 e 1953 por Salinger, certamente um dos melhores escritores de língua inglesa da segunda metade do século XX.
Resumindo: já em Janeiro, está encontrado o primeiro grande livro do ano a adquirir sem reservas.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

A vida de Walter Mitty

"A Vida Secreta de Walter Mitty" de Ben Stiller é um filme deveras interessante. Um filme de entretenimento, sim, mas deveras interessante (bem sei que há intelectuais que não admitem que possam existir "filmes de entretenimento inteligentes", mas esse é um problema deles). 
Eu nunca achei piada às comédias insípidas do Ben Stiller, nem sequer o tinha como grande actor. O único filme onde gostei de o ver foi na comédia de autor "The Royal Tenembaums" de Wes Anderson. E por falar em Wes Anderson, há que dizer que este filme "A Vida Secreta de Walter Mitty" foi claramente influenciado pela estética visual e pelo humor refinado de Anderson (através de uma grande preocupação visual e de um humor muito irónico).
Trata-se de um filme feito com inteligência com base na história de um homem comum que sonha acordado e que um dia, para se sentir vivo e eliminar as suas visões, parte à aventura e à descoberta de si próprio. Ben Stiller é competente na criação deste personagem complexo e revela talento atrás da câmara como realizador.
Sem querer criar "spoliers", digo que dois dos mais belos momentos deste filme têm a ver com música - como se esta servisse de motor à acção do protagonista: quando Walter Mitty parte para a Gronelândia ouve-se o tema "Wake Up" dos Arcade Fire; e quando decide entrar num helicóptero que o levará a um barco, ouve-se o clássico "Space Oddity" de David Bowie.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

O que diz Tarkovski #11

"O cinema deve ser um meio de explorar os problemas mais complexos do nosso tempo, tão vitais quanto aqueles que há tantos séculos têm servido de tema à literatura, à música e à pintura."

sábado, 4 de janeiro de 2014

Desejos para 2014

Em 2014 gostaria que:

- Sergei Eisenstein fizesse um filme sobre a "Primavera Turca".
- Orson Welles filmasse a adaptação de "O Livro do Desassossego" de Fernando Pessoa.
- James Dean entrasse num filme de Wes Anderson.
- Montgomery Clift fosse o galã culto e tímido num filme de Woody Allen.
- Elvis Presley gravasse um disco com canções de Leonard Cohen.
- Frank Sinatra fizesse um dueto com Tom Waits.
- Jim Morrison entrasse num álbum dos Radiohead ou dos Queens of The Stone Age.
- Franz Kafka escrevesse um argumento para um filme de Roman Polanski.
- Marlon Brando fosse o par romântico de Charlize Theron num filme de Scorsese.
- Andrei Tarkovski convidasse Amon Tobin para fazer a música para um novo filme.
- Charlie Chaplin participasse numa comedia com Jerry Lewis.
- Jacques Tati fizesse um filme sobre o impacto das tecnologias digitais na sociedade.
- Primo Levi escrevesse um guião para um documentário sobre Hitler filmado por Errol Morris.
- Frank Zappa colaborasse num disco de Mike Patton.
- George Orwell escrevesse um ensaio sobre o estado da política actual.
- Andy Warhol fizesse uma serigrafia gigante sobre Miley Cyrus.
- Nagisa Oshima fizesse um remake de "O Império dos Sentidos" com Scarlett Johansson e Sean Penn.
- Baudelaire e Rimbaud escrevessem poemas para canções de Matt Elliott e Bob Dylan.
- Leni Rifenstahl realizasse um documentário épico sobre o Mundial de Futebol 2014 no Brasil.
- Jackson Pollock pintasse a fachada do Parlamento Português.
(...)

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Top 2013 - O adeus de artistas



Bigas Luna (Cineasta)
Ray Harryhausen (Animador de efeitos especiais)
Ray Manzarek (Músico - The Doors)
Patti Page (Cantora)
Jeff Hanneman (Guitarrista - Slayer)
Aleksei Balabalov (Cineasta)
Georges Moustaki (Cantor)
Cory Monteith (Actor)
Donald Byrd Músico de jazz)
Dennis Farina (Actor)
Esther Williams (Actriz)
Jesús Franco (Cineasta)
J.J. Cale (Músico)
Patrice Chéreau (Cineasta e encenador)
Doris Lessing (Escritora)
Ian Banks (Escritor)
Jean Stapleton (Actriz)
Cláudio Calvancanti (Actor)
John Tavener (Compositor)
Urbano Tavares Rodrigues (Escritor)
Elmore Leonard (Escritor e argumentista)
Seamus Heaney (Poeta)
Otto Sander (Actor)
James Gandolfini (Actor)
António Ramos Rosa (Poeta)
Nagisa Oshima (Cineasta)
Paul Walker (Actor)
Nadir Afonso (Pintor)
Joan Fontain (Actriz)
Peter O'Toole (Actor)
Tom Sharpe (Escritor)
Lou Reed (Músico - The Velvet Underground)
Wojciech Kilar (Compositor de cinema)
Sara Montiel (Actriz e cantora)
(...)


quarta-feira, 1 de janeiro de 2014