sexta-feira, 24 de maio de 2013

O grande Jerry em Cannes



O último génio da comédia burlesca ainda vivo, Jerry Lewis, foi ao festival de Cannes apresentar o seu último filme (como actor): “Max Rose”, de Daniel Noah. Aos 87 anos, Jerry interpreta um velho pianista viúvo que relembra 65 anos de um casamento feito de mentiras inesperadas.
Jerry Lewis chegou a Cannes e arrasou. Sempre bem disposto, com energia contagiante e alvo de veneração por parte do público e e da crítica, o actor e realizador mostrou toda a sua vitalidade. Na conferência de imprensa acerca do filme (que vi na íntegra aqui), Jerry Lewis refere que o seu regresso aos filmes se deveu ao “de ter lido o melhor guião dos últimos 40 anos”.
No meio de brincadeiras e provocações que geraram risos e gargalhadas na plateia (como quando respondeu “Está morto, sabia?” a um jornalista que lhe perguntou sobre Dean Martin), Jerry Lewis foi interpelado por um jornalista que lhe fez uma questão muito interessante: “Qual foi o primeiro filme que viu que o fez rir e o primeiro que o fez chorar”.
Jerry respondeu prontamente que o primeiro filme em que se riu foi “Modern Times” (1936) de Charlie Chaplin, que viu "centenas" de vezes. E o primeiro filme que lhe provocou lágrimas foi o clássico drama romântico “Camille” (1936) de George Cukor com Greta Garbo e Robert Taylor (curiosamente - ou talvez não - os dois filmes são do mesmo ano).
Jerry Lewis ainda disse que ao longo da vida viu muitos filmes que o fizeram chorar, e que os realizadores que conseguem fazer chorar o espectador têm algo de especial.
Grande Jerry.

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