segunda-feira, 23 de março de 2009

O disco "radical" de Amy Winehouse


A vida corre mal a Amy Winehouse. Já não bastava a sua relação tumultuosa com o ex-marido, a sua dependência de drogas, os desacatos com fãs, os constantes cancelamentos de concertos, a vida devassa, entre outros acontecimentos dignos das revistas cor-de-rosa, para agora a sua editora recusar as novas canções da cantora (procedimento algo raro na indústria discográfica comercial). E qual o argumento da editora Island Records para negar o novo material já gravado por Amy? Simplesmente, alegando que as novas músicas não estão à altura das expectativas e que as letras são demasiado "deprimentes e obscuras". Ou seja, a editora cortou pela raiz a genuína vontade da cantora expressar os seus sentimentos da forma que esta achou, artisticamente falando, mais convenientes. Sim, a isto se chama censura.
Nunca fui admirador de Amy Winehouse, mas reconheço-lhe potencialidades vocais para o depurado reportório "soul vintage". E se a Island Records recusou as novas canções de Amy, estou tentado a acreditar que é porque o novo material é mais interessante e denso do que o contido no disco "Back to Black". Isto porque uma editora como a de Amy se rege unicamente por critérios comerciais e raramente por critérios de inovação artística. Com base neste raciocínio, é bem provável que Amy Winehouse possa ter entre mãos um disco bem interessante, "radical" (como lhe chama a editora), numa viragem estilística e artística deveras entusiasmante. Mas a editora prefere mantê-la aprisionada às convenções da previsibilidade comercial. Em suma, o novo disco de Amy poderá ter mais características para ser editado por uma editora independente do que por uma "major". Ironias do destino...

3 comentários:

Daniel C.da Silva disse...

A mulher destroi-se diariamente. Os colegas diziam antes que nao ia chegar ao ano novo (2009). Chegou mas continua aportar-se muito mal. Aquilo ja nao é alcoll e drogas. Já é pancada, mesmo...

Abraços

Beep Beep disse...

A única coisa que disseram do disco é que era muito "reggae". Talvez não seja tão radical assim. Seja como for, tb recusaram o novo dos Klaxons.

manuel a. domingos disse...

para mim é golpe de publicidade. ainda vamos ver editado o disco em alguma subsidiária da Island... não era a primeira vez que acontecia