sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Chaplin será sempre Chaplin


Acabei de ver mais um episódio da série "Chaplin Hoje", transmitida pela RTP2. Desta vez, o filme abordado foi "A Quimera do Ouro" ("The Gold Rush, 1925), com comentários do realizador do Burkina Faso Idrissa Ouedraogo. Magistral série, magistral filme, magistral cineasta e actor. Há uns anos comprei os DVD completos do Chaplin da editora Mk2 - e foi um prazer rever (ou ver pela primeira vez) as obras-primas do autor de "Tempos Modernos" e "Luzes da Cidade" em versões remasterizadas (som e imagem imaculados). E apercebi-me que Chaplin foi (continua a ser) um dos maiores mestres de sempre do cinema mundial (não só do período mudo), capaz de encenar a poesia e o amor em imagens inesquecíveis - "O Garoto de Charlot", "Luzes da Cidade" -, mas também a sátira demolidora - "O Grande Ditador", "Tempos Modernos" - e engendrar obras únicas de humor - "O Circo" e dezenas de curtas-metragens. No universo do burlesco, admiro imenso a genialidade de Buster Keaton, mas Chaplin será sempre Chaplin.
Pegando ainda no filme "A Quimera do Ouro", recordemos aqui a célebre dança dos pãezinhos, puro momento de criatividade visual de Chaplin:

1 comentário:

Anónimo disse...

...e, contudo, receio que dentro de alguns anos Chaplin esteja para o Cinema como Proust está hoje para a Literatura: contemplado mas não fruído. Nos contactos que tenho mantido com adolescentes nos últimos 6 anos, por razões profissionais, constato que num universo de cerca de 30 jovens, entre os 15 e os 18 anos, apenas 2 admiram e cultivam o Cinema de C. Chaplin. Mais, são também estes os únicos que, embora ainda o não tenham lido, sabem quem foi M. Proust.
abraço
jPinto